quarta-feira, 31 de outubro de 2007

SÍMBOLOS DE NATAL


Deus nascido entre fraldas, na vila de Belém, numa noite de inverno. Eis o mistério do Natal cristão.

O nascimento do Filho de Deus encarnado em nossa carne e vivendo nossa história é o grande segredo do Deus que por amor e por nossa salvação quis ser um de nós para nos levar um dia à sua glória e plenitude divinas.

Este é o mistério da fé. E é claro o grande segredo do amor. Quem ama se dá a si mesmo completamente e sem esperar troca nem pagamento. Ato gratuito e generoso. Ato de quem é Deus. E que prefere ser chamado secretamente de Deus-conosco. Um Deus nascido num barraco. Ou como dizem os nordestinos, Deus mais nós. Et Verbum caro factum est. E o Verbo se fez carne.

Muitos dos símbolos do Natal perderam ao longo do tempo o sentido cristão tal a disseminação e a apropriação dos mesmos pela sociedade. Cabe, porém, ao cristão fazer o resgate desse sentido, transformando, assim, o olhar sobre essa festa tão importante que nos convida mais uma vez a fazer Jesus presente entre nós.

A MADRUGADA DO DIA 25 DE DEZEMBRO

Nós ignoramos até hoje o dia e a hora do nascimento de Jesus. No século II celebrava-se no dia 06 de janeiro a festa do batismo de Cristo e a manifestação, em grego, epifania, de sua divindade. A partir do século IV a Igreja do oriente começa a celebrar a festa do nascimento também nesta data. No Ocidente, entretanto, tornou-se oficial celebrar o nascimento de Jesus na noite do dia 25 de dezembro a partir do ano 353. Provavelmente foi uma forma de cristianizar as festas pagãs conhecidas como "Saturnais" que aconteciam entre 17 e 24 de dezembro antecipando a festa de "Janus", o deus de duas faces. .A Igreja chamava esta festa de Festum Nativitatis Domini Nostri Jesu Christi, ou numa fórmula curta, Dies Natalis Domini. Daí a palavra Natal.

Este nascimento se dá à noite, de madrugada. A noite sempre simboliza o tempo das gestações, das germinações que irromperão em pleno dia como manifestações da força vital. O que o véu esconde é a semente poderosa do dia. É, portanto momento e tempo de virtualidades, de pulsões interiores, de pensarmos na preexistência das coisas e das pessoas.

A noite de Natal é tempo de fecundar o futuro e tempo de preparação ativa do novo dia, donde brota ao alvorecer o sol invencível, a luz plena, o grito de espanto diante do Calor de Deus Eterno. Desde o século IV, um hino latino cantado na cerimônia de Natal, dizia que Cristo nasce no meio da noite e, daí o costume de assumir a meia-noite como hora do nascimento de Jesus. A Igreja proclama esta Noite Feliz, pelo canto do galo à meia noite, na conhecida missa do galo, e desde o século IV, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, proclama: "Entre os resplendores da santidade, das minhas entranhas Eu te engendrei antes da luz da manhã”.

Uma criança nascendo de uma virgem (puer natus est nobis) é sinal de contradição para ontem, hoje e para nosso futuro.


O PRESÉPIO DE SÃO FRANCISCO

É o mais significativo dos símbolos do Natal para a Igreja e para os cristãos. A palavra presépio significa estábulo ou a própria manjedoura onde se coloca o feno para os animais. Criado por São Francisco de Assis, na cidade de Greccio, Itália, no ano de 1223, com gente viva e não bonecos para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica, do conteúdo, do mistério de Jesus Cristo que nasce na pobreza, na simplicidade, para fazer o homem. O presépio nos faz participantes do parto divino. A cena do presépio, em sua singeleza e simplicidade, faz com que nos lembremos dos ensinamentos e da doutrina de Jesus, cujos principais elementos são: a Fé, a Esperança, a Humildade, a Igualdade, a Fraternidade, e, acima de tudo, o Amor.

Presépio é sempre realidade nua e crua. No frágil e no pequenino, vemos o eterno. Entre fraldas, vemos Deus. Nas palhas de uma manjedoura contemplamos o Salvador. Para o menino não havia lugar na cidade. Pobreza, simplicidade e humildade. Nada de torres e de mármores frios em templos gelados. Naquele presépio do Poverello de Assis, criado em 1223, na região da Úmbria, o irmão Francisco reinventou a opção pelos pobres e refez o impacto da encarnação para os habitantes de Greccio e hoje de todo mundo cristão. Ele não colocou nenhuma representação de Jesus nem Maria ou José no presépio. O objetivo desta representação era permitir que as pessoas mais simples entendessem a encarnação descrita nas escrituras, absolutamente incompreensível para os que não eram estudiosos. Não havia menino Jesus. São Francisco queria que as pessoas trouxessem Jesus no coração.

A Sagrada Família, os reis magos, os pastores, as ovelhas, o boi e a vaca, são símbolos desta noite de alegria, e também da humildade e dos futuros sofrimentos de Cristo. Os pastores foram os primeiros adoradores de Cristo. Ligados a eles, estão os carneiros, mansas criaturas muitas vezes usadas para simbolizar a humildade de Cristo como o Divino Pastor. Nessa mesma noite sagrada, uma estrela andou pelo céu e se localizou em cima da manjedoura, transformando-se no símbolo do divino guia. Deus dirigiu por intermédio dela quem quis acreditar no nascimento de seu filho. O boi e a vaca, figuras sempre presentes no presépio, ilustram a humildade de todas as criaturas do mundo, reconhecendo e homenageando Cristo como filho de Deus. Três reis também foram saudar o recém-nascido. Os homens sábios, ou magos, visitaram a manjedoura depois do nascimento; levados pelo divino guia. Sua visita foi profetizada na Bíblia no salmo 71 e em Isaías 60, como reis levando presentes de incenso, ouro e mirra para o Salvador.


BOI E JUMENTO

Boi e jumento aquecem o Menino, na madrugada fria e na ausência de carinho desta humanidade que recebe em frágil corpo o Criador do Universo. Esta representação que nos chega dos escritos apócrifos é uma linda lenda dos primeiros tempos do cristianismo. Nenhum dos textos do Evangelho fala da presença destes animais. Seria uma reminiscência do texto do profeta Habacuc, que diz que o Messias se manifestará entre dois animais. Belo texto do século VI, conhecido como o Evangelho do pseudo-Mateus, faz a descrição da cena com o boi e o jumento. Este evangelho apócrifo teve grande impacto no imaginário popular. Já nos primórdios das festas de Natal mantinha-se a ligação ecológica com todo o mundo vivo. Será um jumento que levará o recém-nascido para o Egito fugindo da perseguição e um outro asno a fazer Jesus entrar triunfal em Jerusalém antes de sua morte. Representam estes animais o calor da criação que quer ver vivo tudo o que nasce e deve viver.

ESTRELA DE BELÉM

Quando Jesus nasceu, conta a história, três Reis Magos, vindos do Oriente, chegaram a Jerusalém à procura do Menino- Deus guiados por uma estrela.

A grande e brilhante estrela de Natal, símbolo do próprio Jesus, a apontar o caminho de nossa vida, tem quatro pontas e uma cauda luminosa, como um cometa. As quatro pontas representam as quatro direções da Terra: norte, sul, leste e oeste. Isso significa que, de todos os lados, vêm pessoas para adorar o Deus-Menino, que nasce e renasce em cada Natal.

A estrela de Natal simboliza o Menino Jesus, cheio de Luz e de Paz!

Na ponta da árvore e muitas vezes sobre o presépio se coloca a Estrela de Belém. Simboliza a estrela-guia dos magos e sábios do Oriente. Representa a esperança dos reis magos em encontrar o Filho de Deus.


OS TRÊS REIS MAGOS

O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda dos sábios do Oriente. Sobre este texto dos evangelhos da infância foram acrescentadas inúmeras lendas, uma das quais dizendo que eles teriam vindo da Pérsia, por ser uma cultura versada na astrologia. No século V, Orígenes e São Leão Magno propõem chamá-los de reis- magos. No século VII eles ganham nomes populares: Baltazar (deformação de Baal-Shur-Usur - Baal protege a vida do rei), Belquior e Gaspar. Eles trazem ouro, incenso e mirra para o menino Rei, Deus e Salvador. No século XV, lhe são atribuídas etnia: Belquior (ou Melchior) passa a ser de raça branca, Gaspar, amarelo, e Baltazar, negro, para simbolizar o conjunto da humanidade que vê e conhece o Salvador. Os presentes trazidos pelos reis magos têm um significado especial: mirra (resina extraída da árvore de mesmo nome), em sinal de sua humanidade; incenso, para representar a divindade do Menino Jesus; e ouro, em homenagem à sua realeza.


OS ANJOS

Anjos cantores anunciam uma boa notícia. "Glória no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade". Anjos, ou seja mensageiros surgem nos céus para confirmar o nascimento do filho de Deus. Pela melodia que entoam prenunciam um novo tempo. São como nossa consciência artística a reforçar junto aos pastores de ovelhas e gado que os seres celestes se encontram com os excluídos da sociedade e garantem a estes sua auto-estima dando valor à cada vida frágil.


ÁRVORE DE NATAL

Um dos símbolos mais forte do Natal é a árvore de Natal. Um pinheiro enfeitado de luzes e de bolinhas vitrificadas multicoloridas. Tradição nascida em tempos medievais, de fundo cristão, reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida.

A árvore de Natal mostra que mesmo no inverno mais rigoroso, o verde de seus ramos resiste mesmo depois da chegada da nova e rude estação com geadas permanentes. As bolinhas multicoloridas presas aos galhos da árvore são sinal de vida diferenciada.

Para os cristãos é a árvore de Jessé, conforme Isaías 11,1-3, o tronco de onde brota a flor e desta pelo Espírito de Javé e pelo amor de uma virgem nasce Cristo. A árvore se confunde com Maria e a flor faz germinar Jesus. Assim diz S. Bernardo: "O que não era mais que uma flor, ele o chamará Emanuel, e o que não era mais que um ramo, dirá claramente que era uma virgem." A árvore é o símbolo do humano, pois germina, cresce e morre. E da morte de suas sementes novas árvores florescem. Símbolo feminino, pois surge da mãe Terra, vive de sua seiva, sofre transformações e produz frutos.

Na mitologia grega, havia a idéia de que as árvores reverenciavam divindades. O carvalho homenageava Júpiter; a oliveira, a deusa Minerva; e a videira, o deus Baco. Elas intermediavam interesses e assuntos entre o céu e a Terra. Deveriam simbolizar também a evolução e a elevação do homem. Para os chineses, o pinheiro significava (e significa) longa vida.

O costume de se montar árvores decoradas na época do Natal remonta ao século XVI e várias lendas tentam explicar sua origem. A mais difundida conta que São Vilfrido estava pregando aos pagãos que viviam na Europa central e derrubou um carvalho que o grupo cultuava como divindade. No mesmo instante, uma tempestade se armou e um raio atingiu o carvalho, destruindo-o. Ao seu lado, porém, permaneceu intacto um pequeno pinheiro. O santo, então, valeu-se desse sinal para pregar na noite de Natal sobre a vitória do Deus-Menino contra os deuses pagãos.

Um segundo significado para a Árvore de Natal, este já mais evangélico, está na mensagem de Cristo que nos exorta a estarmos unidos a ele como ramos de uma mesma videira. Ele é, pois, a seiva da vida e nós, seus ramos por onde a vida pode alcançar todo o universo. (v. Jo, 15,5). Os enfeites da Árvore têm cada um seu próprio sentido. As bolas simbolizam as graças que o Senhor derrama sobre a humanidade. Os laços vermelhos significam o sangue de Cristo derramado na cruz. Os anjos trazem a lembrança do anúncio do nascimento de Jesus. As estrelas possuem um duplo sentido: lembram aquela estrela que guiou os magos até Belém e, também, que os santos e justos que já estão no reino de Deus brilham como estrelas no céu.

COROA DE ADVENTO

A palavra "advento" vem da expressão latina ad venire, que significa "o que há de vir". Trata-se do espaço de quatro semanas que antecede o Natal e que inicia o chamado "ano litúrgico" da Igreja Católica. Como o tempo do Advento tem quatro semanas, contém então, quatro domingos, que são denominados "Domingos do Advento".

A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao "fogo do deus sol" com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para ensinar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:

  • A forma circular: O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca se deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de "elo", de união entre Deus e as pessoas, como uma grande "Aliança".
  • As ramas verdes: Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta.
  • As quatro velas: As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No inicio, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.


AS VELAS DE NATAL

A vela simboliza a luz que veio ao mundo com o nascimento de Cristo, como lemos no profeta Isaías 9.1: "O povo que andava na escuridão, viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas". Consumindo-se completamente para gerar luz, a vela simboliza a doação em favor da vida. Mesmo com toda a iluminação artificial, a vela conserva seu valor.

As velas representam a presença de Cristo e Sua grande Luz, pois Ele disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue não anda nas trevas". Logo, as velas de Natal enfeitam qualquer ambiente cristão levando luz e força ao mundo. os tempos mais antigos, colocavam-se velinhas acesas nas árvores de Natal, as quais foram sendo substituídas por pequenas lâmpadas coloridas porque causam menos riscos de incêndios e queimaduras. Ao acender velas no Natal, afirmamos nossa confiança em Jesus e Lhe prometemos levar aos nossos semelhantes uma palavra de amor, de justiça, de compreensão, de paz, pois as ações renovam nossa fé, a cada ano, reavivando nosso empenho em ser como Jesus: "luzes" de alegria e de paz para aqueles com quem convivemos.


SINOS NATALINOS

As badaladas dos sinos de Natal representam uma mensagem: "Nasceu Jesus!" Os sinos falam da alegria que devemos ter durante a nossa vida, porque Cristo nasceu para ser nosso companheiro durante esta vida. Os sinos das igrejas nos lembram o encontro com Deus. Outra versão: O povo se guiava pelo replicar dos sinos. É o relógio popular nas grandes festas cristãs. No Natal o sino chega ao seu esplendor máximo.


OS RAMOS VERDES DECORATIVOS

É comum, em quase todo o mundo, usar ramos verdes na decoração de qualquer ambiente nas festas do Natal. É um costume muito antigo. Nos países europeus, durante o inverno, as plantas perdem seu "verde" e raras são as flores. Por isso, desde os tempos mais antigos, enfeitavam-se as casas com ramos verdes de pinheiros, que é uma das poucas árvores cujos ramos permanecem verdes no inverno, acreditando-se que se estaria, dessa maneira, garantindo vida aos ambientes, e desejando breve retorno da primavera com suas flores.

Na Roma antiga, no mês de dezembro, as casas eram enfeitadas com ramos de louro, e, em janeiro, guirlandas de ramos verdes eram o presente preferido nas festas do deus Saturno.

Sendo esses costumes pagãos, os primeiros cristãos os condenavam, não permitindo que seus fiéis pendurassem ramos verdes nas portas de casa. Mas o tempo foi passando, as opiniões foram mudando, os costumes se alterando e, hoje, os ramos verdes que decoram as Igrejas, as casas, os diversos ambientes na época natalina, simbolizam a esperança em uma nova vida, cheia de fé, alegria, paz, que se renova a cada ano com a chegada do Menino Jesus, no Natal.


OS ARRANJOS SECOS DE NATAL

Ao contrário dos ramos verdes, os galhos secos lembram a falta de vida e de luz, a ausência daquilo que aquece e se renova. Por isso, os arranjos de Natal feitos com folhagens amareladas, pinhas secas e galhos retorcidos são colocados nas portas e sobre os móveis dos lares cristãos indicando a ausência de vida plena antes da chegada de Jesus.

"Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância". "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!" "Eu sou a Luz do mundo!" São frases de Jesus que dizem muito bem qual a missão do Filho de Deus na terra, missão que começou e que se renova, todos os anos, na noite santa de Natal.


PRESENTES DE NATAL

Foram os presentes dos Reis Magos que deram origem à tradição de se dar presentes na época do Natal.

As datas para se dar esses presentes ainda variam de país para país até hoje nas diversas regiões do mundo. Na Espanha e no México, por exemplo, os presentes são trocados no dia 06 de janeiro, que é o Dia de Reis. Acredita-se, nesses países, que os Magos, todos os anos, nessa mesma noite, passam a caminho de Belém, onde Jesus nasceu, deixando pelo caminho percorrido presentes para todas as crianças... Na França, os adultos dão presentes uns aos outros na véspera do Ano Novo, 31 de dezembro, enquanto as crianças ganham brinquedos no dia 24 de dezembro.

Em algumas regiões da Alemanha, é costume dizer que quem traz para as crianças os presentes de Natal é o próprio Menino Jesus. Nos Estados Unidos, como no Brasil, as crianças costumam esperar pelos presentes na véspera do Natal.

Os presentes simbolizam o próprio Jesus, o Maior dos presentes, que nos foi dado por Deus na grande noite de Natal! O Filho de Deus é, sem dúvida, o maior e o melhor dos presentes que ganhamos em todos os Natais da nossa vida, e, ao darmos um presente a alguém, estamos ofertando nosso próprio amor, junto com toda a nossa alegria pelo nascimento do Salvador do Mundo.

Na antigüidade se trocavam presentes na festa do solstício de inverno, como um sinal de renovação. Em Roma se festejava a deusa Strenia. Nos países nórdicos o deus Odin à cavalo sobre uma nuvem trazia para as crianças recompensas ou punições face ao seu comportamento. Os presentes de Natal, entretanto, foram idéia do papa Bonifácio, no século VII. No dia 25 de dezembro, terminada a missa, os sacerdotes benziam pães e os distribuíam ao povo.


OS CARTÕES DE NATAL

No Século XVII, era costume, na Europa, escrever cartas aos amigos por ocasião do Natal. As mensagens levavam muito tempo para chegar aos seus destinos naquela época porque as distâncias eram grandes e percorridas sempre a cavalo. Também as cartas tomavam muito tempo para serem escritas pois ninguém ia mandar apenas algumas poucas palavras, dependendo de viagens tão longas.

Entretanto, em meados do Século XIX, o escritor inglês Henry Cole, não tendo tempo para escrever longas cartas com suas mensagens de Natal para todos os seus amigos, pediu a um desenhista, John Horsley, que fizesse um cartão com desenhos que lembrassem o Natal nos quais ele pudesse escrever apenas algumas palavras. A novidade foi logo divulgada e o povo aprovou a idéia imediatamente. Assim, os cartões de Natal viraram moda não só na Inglaterra, mas em toda a Europa, passando às Américas e chegando ao Brasil.

O verdadeiro sentido dos cartões de Natal é a mensagem cristã que transmite a quem se deseja o desejo sincero de paz e alegria pelo nascimento de Jesus.


CEIA DE NATAL

A ceia nos lembra o ato de amor de Jesus. Lembra também nossa origem judaica enquanto religião que celebra a fé em torno de uma mesa de família. Simboliza e relembra a Santa Ceia do Senhor, realizada um dia antes da Sua morte na cruz, quando Ele e Seus discípulos comemoravam a Páscoa dos Judeus. Toda ceia é sempre um momento de reunião em família. É quando, através dos alimentos, se conserva a vida material do corpo. Bem mais do que isso, a Ceia de Natal é a comemoração da vida verdadeira, a vida espiritual, que nos é dada por Cristo, o Filho de Deus.

Na Europa, muito antigamente, as pessoas deixavam a porta de casa aberta na noite de Natal para que viajantes e pessoas pobres pudessem participar da ceia. Até hoje, a ceia é o momento de confraternização entre amigos e familiares.


A GRANDE CANÇÃO DE NATAL

A conhecida canção de Natal "Noite Feliz", com sua letra traduzida para mais de 60 idiomas diferentes, é a música mais cantada em todo o mundo no Natal. Hoje, também é um dos símbolos dessa festa cristã.

"Noite Feliz" foi composta na Áustria, no ano de 1818. Conta-se que, numa pequenina Igreja da aldeia de Arusdorf, havia um órgão que foi invadido por ratos que roeram quase todos os seus "foles". Isso aconteceu poucos dias antes do Natal. Preocupado e com medo de passar a noite de Natal sem música, o Pe. Mohr, Pároco dessa aldeia, resolveu procurar um outro orgão nos arredores de sua cidadezinha. Na noite em que procurava, o Padre ficou impressionado com o céu límpido e estrelado apesar do frio que fazia, típico do inverno europeu. Fez, então, um poema ao nascimento do Menino Jesus, que ele imaginou ter acontecido numa noite tão linda como aquela que estava vendo no momento.

Dias depois, foi visitar o compositor Franz Gruber, e dele ganhou a partitura de uma música para tocar em sua Igreja. Juntando essa melodia aos versos que havia feito para o Menino Jesus, o Padre criou a canção "Noite Feliz", cantada na sua Igreja pela primeira vez na Missa do Natal daquele ano.

Daí até os nossos dias, essa canção é considerada um hino à Noite de Natal. É cantada em quase todos os idiomas do mundo, simbolizando toda nossa alegria, nossa felicidade pelo nascimento do Menino-Deus, resumindo em cada uma das suas frases tudo quanto cada um de nós está sentindo e quer transmitir ao Filho de Deus. A canção une os povos em torno de um só pensamento, de um só ideal: viver e homenagear a vinda do Deus-Menino para a humanidade, ansiosa de paz, alegria e felicidade.


PAPAI NOEL

Ele foi inspirado no bispo Nicolau de Myra, na Lícia antiga, sudoeste da Ásia Menor, da atual Turquia. Nicolau foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Durante o século IV, este homem de fé marcante foi transformado legendariamente neste Papai universal e providente que oferece às crianças presentes, brinquedos e carinhos da terceira idade.

Contam seus biógrafos que este bispo salvou da prostituição três moças jogando-lhes, à noite, pelas janelas, três sacos de ouro como dote de casamento. Dizia-se também de forma lendária que São Nicolau no dia de sua festa em 06 de dezembro de cada ano, passaria de telhado em telhado depositando presentes nas meias colocadas nas chaminés. Ele estaria acompanhado de um "homem mau" encarregado de punir as crianças desobedientes. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.

O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasce nos Estados Unidos na metade do século XIX como um São Nicolau transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial.

Apesar de a figura atual de Papai Noel representar mais um veículo de vendas comerciais do que um dos símbolos ligados diretamente ao nascimento de Jesus, é preciso reconhecer que ele ainda encerra certos valores que despertam, reavivam e fortalecem os sentimentos humanos e cristãos.

Disponível em: http://www.padrereginaldomanzotti.org.br/index.php?tt=natler&id=39














VAMOS CONVERSAR

  • O presépio foi criado por São Francisco de Assis, na Itália, no ano de 1223. Qual foi o objetivo dessas representação? O que São Francisco queria?
  • O que simboliza a estrela de Belém e o que representam suas 4 pontas?
  • O que simboliza a árvore de natal?
  • O que você aprendeu sobre a coroa do advento?
  • O que representam as velas de natal?
  • Qual outro símbolo de natal você gostou de conhecer seu significado? Por que?







5 comentários:

Anônimo disse...

Rafaela-6ºano
1-O objetivo dessa representação foi para facilitar a nossa meditação da mensagem evangelica,do conteudo,do mistério de Jesus Cristo que nasce pobresa,na simplicidade,para fazer o homem.
Ele queria que nós nos lembrasemos dos ensinamentos e da doutrina de Jesus.

2-A estrela de natal simboliza o Menino Jesus,cheio da luz e da Paz!
As quatro pontas representam as quatro direções da Terra:Norte,Sul,Leste e Oeste.

3-A arvore de natal é um dos simbolos mais fortes do natal.Ela simboliza a Luz e a Vida.

4-No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao "fogo do deus sol" com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas.
5-As velas representam a presença de Cristo e Sua grande Luz, pois Ele disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue não anda nas trevas"

6-Eu gostei dos sinod natalinos porque falam da alegria q devemos ter durante a nossa vida.

Unknown disse...

Juliana 6°ano n°24

1)O objetivo desta representação era permitir que as pessoas mais simples entendessem a encarnação descrita nas escrituras, absolutamente incompreensível para os que não eram estudiosos. São Francisco queria que as pessoas trouxessem Jesus no coração.

2)É símbolo do próprio JESUS, a apontar o caminho de nossa vida, ela tem quatro pontas e uma cauda muito luminosa. As quatro pontas representam as quatro direções da Terra: norte, sul, leste, oeste. Isso quer dizer que as pessoas de todo o país, vem adotar Jesus, que nasce e renasce a cada Natal.

3)A ávore de natal significa nascimento, vida, é um símbolo de humano, germina, cresce e morre.

4)Eu aprendi que a coroa do advento significa "o que há de vir". Ela tem uma origem de tradição pagã européia. A coroa é formada por uma grande quantidade de símbolos: A FORMA CIRCULAR, AS RAMAS VERDES, AS QUATROS VELAS. A forma circular: é sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim. As ramas verdes: Deus quer que esperemos a sua graça, o perdão misericordioso e a glória da vida eterna. As quatro velas: cada uma simbolizam uma das quatro semanas do advento.

5)As velas de natal simboliza a luz que veio ao mundo com o nascimento de Cristo, como lemos no profeta Isaías 9.1:"O povo que andava na escuridão, viu uma forte luz, a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas". Simboliza também a doação em favor da vida.

6)Eu gostei de conhecer a ceia de natal, porque minha família sempre faz uma ceia de natal, e eu nunca soube o significado.

BEIJOSSSSSSSSS

Anônimo disse...

nome:julia mara 6ºano n° 23

1°:O objetivo desta representação era permitir que as pessoas mais simples entendessem a encarnação descrita nas escrituras, absolutamente incompreensível para os que não eram estudiosos

2°: símbolisava do próprio Jesus,As quatro pontas representam as quatro direções da Terra: norte, sul, leste e oeste. Isso significa que, de todos os lados, vêm pessoas para adorar o Deus-Menino, que nasce e renasce em cada Natal.

3°: Tradição nascida em tempos medievais, de fundo cristão, reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida.

A árvore de Natal mostra que mesmo no inverno mais rigoroso, o verde de seus ramos resiste mesmo depois da chegada da nova e rude estação com geadas permanentes. As bolinhas multicoloridas presas aos galhos da árvore são sinal de vida diferenciada.

4°:aprendi que a coroua Trata-se do espaço de quatro semanas que antecede o Natal e que inicia o chamado "ano litúrgico" da Igreja Católica. Como o tempo do Advento tem quatro semanas, contém então, quatro domingos, que são denominados "Domingos do Advento".

5°:As velas representam a presença de Cristo e Sua grande Luz.

6°: do presente de natal não só pelo significado que é dos reis magos deram o presente de Jesus mas tambem por que eu gosto de ganhar presentes !!!!!!!

Anônimo disse...

Fernanda Freitas-6ºano/1)O objetivo desta representação era permitir que as pessoas mais simples entendessem a encarnação descrita nas escrituras, absolutamente incompreensível para os que não eram estudiosos. Não havia menino Jesus. São Francisco queria que as pessoas trouxessem Jesus no coração.
2)A grande e brilhante estrela de Natal, símbolo do próprio Jesus, a apontar o caminho de nossa vida, tem quatro pontas e uma cauda luminosa, como um cometa. As quatro pontas representam as quatro direções da Terra: norte, sul, leste e oeste. Isso significa que, de todos os lados, vêm pessoas para adorar o Deus-Menino, que nasce e renasce em cada Natal.
A estrela de Natal simboliza o Menino Jesus, cheio de Luz e de Paz!
3)Um dos símbolos mais forte do Natal é a árvore de Natal. Um pinheiro enfeitado de luzes e de bolinhas vitrificadas multicoloridas. Tradição nascida em tempos medievais, de fundo cristão, reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida.
4)A palavra "advento" vem da expressão latina ad venire, que significa "o que há de vir". Trata-se do espaço de quatro semanas que antecede o Natal e que inicia o chamado "ano litúrgico" da Igreja Católica. Como o tempo do Advento tem quatro semanas, contém então, quatro domingos, que são denominados "Domingos do Advento".A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia
5)A vela simboliza a luz que veio ao mundo com o nascimento de Cristo, como lemos no profeta Isaías 9.1: "O povo que andava na escuridão, viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas". Consumindo-se completamente para gerar luz, a vela simboliza a doação em favor da vida. Mesmo com toda a iluminação artificial, a vela conserva seu valor.
6)Os presentes de Natal, porque eu li todo o texto e achei esse interessante.

Anônimo disse...

Eu achei esse vídeo muito legal!!!!